Por qual razão atrasamos nossos projetos?
Resposta clara e objetiva: Por desconhecimento! Mas…
No post anterior (“Projetos: Atraso é Mundial”), com base no relatório do PMI, Pulse of the Profession® 2020, demonstrei que a taxa mundial de atendimento a prazos, em projetos, se situa ao redor de 50%. O surpreendente é que, ao contrário do que parecia óbvio, essa má performance não está relacionada ao grau de desenvolvimento de uma nação.
A humanidade por diversas vezes se deparou com situações em que apesar de utilizar todos os recursos e conhecimentos disponíveis, fracassos e sucessos se revezavam ao acaso, com o tempo a história mostra que isto se devia a inexistência do conhecimento específico ou sua utilização de forma inadequada. Em projetos a má aplicação do conhecimento é a causa, pois o conhecimento específico existe.
Mas… com relação a prazos de projetos, estamos a um passo da negligência. Nos especializamos em apontar culpados, talvez se nos postarmos em frente ao espelho tenhamos mais chances de perceber que há algo de errado com nossas crenças.
Não posso dizer que descobri a origem do erro que cometemos por acaso, mas posso afirmar que não sou mais inteligente do que a média das pessoas, por isto mesmo precisei me apoiar na inferência estatística na tentativa de convencimento de que estamos negligenciando os impactos das incertezas que existem, em todos e quaisquer processos.
Muitas vezes quando menciono que estamos negligenciando a aplicação adequada da ciência aos prazos, percebo um misto de perplexidade, incredulidade e por vezes até de ironia, o que é normal, uma vez que eu mesmo demorei a acreditar que o que eu havia desenvolvido, a partir da Gestão por Modelagem Vetorial, foi uma inovação aplicada ao aumento da previsibilidade de prazos de projetos.
Nos posts “A luz também cega: É quando a precisão gera Atrasos” e “Pleitos ou Soluções: Quando a melhor defesa é a união” , este baseado em um projeto real, faço uma introdução naquilo que seria o uso da ciência no contexto de prazos.