Mas, afinal, o quê é o Planejamento?
Talvez a melhor resposta seja: É o principal culpado pelo fracasso!
Claro que esta resposta é uma provocação, na realidade o Planejamento deveria ser a principal ferramenta para o sucesso de um projeto.
O que poucos de nós entendemos, é que existem dois estágios de planejamentos.
O primeiro deles se baseia em um cenário estático e no máximo sinaliza algumas possibilidades binárias, os “e se…, então…”.
Nesse planejamento propositivo o escopo é estático, o tempo estimado torna-se o determinado, os custos são preestabelecidos, apenas para falar na tripla restrição.
O segundo “planejamento” deveria ter tudo a ver com o primeiro, exceto por um detalhe – ele tem que se adequar aos contextos, pois a realidade não é estática.
Para evitar confusões, talvez um dos dois nem devesse se chamar planejamento, pois a partir do início da execução (d), ele só fará sentido se parte de um sistema, pois os componentes, individualmente, pouco ou nada agregam. Estou me referindo ao ciclo PDCA, neste sistema o P é reativo, o D é ativo, o C é passivo e o A também é reativo, somente o D é autônomo, porém ele não é independente, precisa prestar contas.
Após o início da execução, caberá ao planejamento analisar se os dados coletados aderem ou não ao planejado e, junto à execução – d, validar o seu entendimento para então, em consenso, proporem ações corretivas para realinhar o andamento ou explorar oportunidades para que os eventuais ganhos até então não sejam desperdiçados e/ou, vislumbrem novas oportunidades.
Em projetos a flexibilidade do escopo, geralmente, é uma fonte de oportunidades, desde que as funcionalidades previstas não sejam afetadas.
A culpabilidade do planejamento pode até ser aventada no primeiro estágio, mas no segundo estágio, caberá as lideranças do projeto garantirem a adequada integração sistêmica no PDCA, ou terão que se confrontar com o espelho, antes de apontar culpados.