Qual a vantagem que você oferece para respaldar que a remuneração que pretende, se justifica pelos resultados que você irá influenciar positivamente?
Viemos da pedra lascada às ferramentas, aos equipamentos, às fabricas, às linhas de montagens, aos algoritmos… – A maioria de nós já não é mais indispensável.
A área de projetos, uma das últimas em que a média gerência ainda ocupa um espaço relevante, tem sido uma espécie de oásis da resistência humana. Mesmo assim nossas pretensões de remuneração raramente são atendidas.
Mas quem, em sã consciência, pagaria $ 48,000 tendo a mesma expectativa de que se pagasse $ 24,000?
Precisamos entender que muitas vezes somos contratados como um requisito contratual e não pela expectativa do Valor que agregaremos ao negócio – projeto!
Se perguntarem a qualquer dos candidatos ao Projetos, quais são os motivos para tantas dificuldades em atender prazos em projetos, certamente apontarão para uma lista convergente de motivações. As respostas do profissional de $ 48,000 não será muito diferente da do de $ 24,000, e ao final do projeto os resultados apresentados pelo escolhido, dificilmente terão forte correlação com sua remuneração.
Na minha trajetória profissional percebo que falar em aplicar ciência no nosso dia-a-dia é encarado, pela maioria, como algo utópico, fora de contexto. Ninguém é contra a ciência, mas nos negamos a aplicá-la além do nosso alcance intuitivo!
Não é à toa que até hoje não conseguimos distinguir, claramente, qual a diferença entre o técnico e o engenheiro de planejamento, a não ser pela formação acadêmica, mesmo que o acesso à ciência a qual me refiro esteja ao alcance também do nível técnico.
Enquanto mantivermos nossa aversão a quantificar o potencial impacto de nossas decisões, tendemos a ser o profissional de $ 12,000, ou menos!