Explorar riscos é a origem de todos os projetos, sejam ameaças ou oportunidades, embora isto afete e seja explorado por todos os seres vivos, somos nós humanos, quem nos consideramos os seres mais criativos do universo, a final somos os únicos inteligentes, ao ponto de nos inspirarmos em soluções ou comportamentos de outros serem vivos.
A história está repleta de exemplos da criatividade humana, mas também, digamos, de danos “colaterais” trágicos. Só para exemplificar alguns: A Talidomida, a Challenger, a Base de Alcântara, o Titanic, a bomba de Hiroshima. De todos esses e de uma infinidade de outros, conseguimos aprender lições, e a posteriori concluímos que todos poderiam ter sido evitados.
Ficando só nos exemplos, o interessante é que, com exceção da bomba, não foi o primeiro medicamento, a primeira base de lançamentos, o primeiro navio, mas todos tinham algo em comum, cada um era produto de um projeto.
Grifei o a posteriori, pois a mesma consequência pode ser oriunda de inúmeras prováveis causas, e só ao lidarmos com o fato nos é possível identificar qual das possibilidades é que foi a causadora, daí a sensação de que poderíamos tê-la evitado facilmente, como se esquecêssemos das outras dezenas, centenas, por vezes milhares de possibilidades. As consideradas mais prováveis já havíamos mitigado.
Mas então por que a segurança faz parte do título deste post?
A necessidade de atendimento aos prazos, faz com que haja uma linha tênue entre a busca de oportunidades e a pressa, não raramente a equipe de segurança é tida como uma restrição à execução no prazo!
Como gerente de projetos e executante, tive que achar soluções para esse aparente paradoxo, pois tanto a segurança como o executante, querem a conclusão do projeto sem acidentes. A solução que encontrei gera resultados muito além do que eu poderia imaginar.
A base da solução é a busca pela redução do hh exposto aos riscos. Geralmente esta solução exige readequação do escopo (precisa ser ágil) e tem como efeito colateral a redução da duração das atividades afetadas e por vezes, a própria atividade é reduzida ou substituída. Gera uma situação ganha x ganha.
Obviamente as funcionalidades do resultado do projeto precisam ser preservadas e o potencial impacto advindo da solução, precisa ser menor ou igual ao da situação original.
A inserção de profissionais capacitados em segurança do trabalho nas fases de concepção e detalhamento do projeto de engenharia (design), é uma oportunidade geralmente negligenciada de provermos condições de preparação para a adoção de proteções coletivas, sabidamente mais eficazes do que os EPIs.